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Inteligência artificial não vai tomar seu emprego – ao menos por enquanto
Ciência & Tecnologia
Publicado em 28/01/2024

Inteligência artificial não vai tomar seu emprego – ao menos por enquanto

Vivaldo José Breternitz (*)

À medida que inteligência artificial (IA) torna-se mais capaz, aumenta o medo das pessoas em termos de desemprego – todos tememos ser substituídos por ela.

Mas, ao menos por enquanto, essa substituição não deve ser muito rápida, por um motivo simples: quase todos somos mais baratos que IA.

Quem chegou a essa conclusão foi um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que mostra que o custo de implementação da tecnologia não compensa, em muitos casos e ao menos por enquanto, usa-la para substituir-nos.

Quando as pessoas pensam na substituição de pessoas por IA, a maioria delas leva em conta a capacidade da tecnologia para execução de tarefas hoje desempenhadas por humanao; por essa razão,  muitos dos estudos e notícias acerca do assunto concentram-se nessa capacidade, apenas exacerbando a sensação de insegurança no emprego.

O estudo do MIT, denominado “Beyond AI Exposure”, vai além dessa abordagem típica e leva em conta um fator quase sempre negligenciado: custos. Em suas 45 páginas, o documento detalha os métodos utilizados para a realização do estudo e seus resultados, concluindo que ao menos por enquanto, não há motivos para pânico.

Os valores considerados para a realização do estudo referem-se aos Estados Unidos – no Brasil, onde a mão de obra é mais barata, a possível substituição estaria ainda mais distante.

No entanto, não vale a pena fazer de conta que IA simplesmente não existe: estudar e acompanhar o mercado é sempre importante. 

(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.

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