O Boombox: uma tecnologia que felizmente desapareceu
Vivaldo José Breternitz (*)
Os boomboxes foram os primeiros aparelhos de som portáteis transistorizados; eram produzidos por empresas como General Electric, Marantz, Panasonic, Sony e outras - chegaram ao mercado nos anos 1970.
Eles combinavam um rádio AM/FM, toca-fitas e, em alguns modelos, CD players, além de alto-falantes potentes para reproduzir música em alto volume - seus usuários usualmente gostavam de ouvir música em volume muito alto, infernizando a vida de quem estava por perto.
Logo após seu lançamento, tornaram-se um símbolo de status entre os jovens americanos, especialmente hispânicos e negros nas grandes áreas metropolitanas como New York e Los Angeles; sua imagem era associada à cultura e à música hip hop e breakdance. Era comum ver pessoas carregando boomboxes pelas ruas, praias e parques, compartilhando sua música com os amigos.
Felizmente, com o surgimento de novas tecnologias, como CDs, MP3 players e smartphones, o boombox perdeu popularidade; essas tecnologias podiam ser usadas sem incomodar (muito) a vida de quem estava por perto.
No entanto, nos últimos anos, tem se observado um ressurgimento do interesse por aparelhos de som vintage, incluindo os boomboxes. Alguns modelos modernos, com design retrô e funcionalidades atualizadas, como Bluetooth e portas USB, estão sendo relançados, atraindo tanto os fãs nostálgicos quanto uma nova geração de amantes da música.
Nosso sossego está voltando a ser ameaçado.
(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas (vjnitz@gmail.com).
