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China fora da COP-30: o maior poluidor do planeta ficou de fora da conferência do clima!
Por Administrador
Publicado em 11/11/2025 17:06
Notícias

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, realizada em Belém do Pará, reuniu líderes e representantes de quase duzentos países com um propósito comum: discutir o futuro climático do planeta.
Mas um detalhe chamou a atenção do mundo inteiro — a ausência da China, o maior emissor de gases de efeito estufa da atualidade.

De acordo com o Global Carbon Project, a China responde por cerca de 30% das emissões globais de dióxido de carbono (CO₂), o que equivale a mais de 12 bilhões de toneladas por ano.
É um número superior à soma das emissões dos Estados Unidos, União Europeia e Índia.
Para se ter uma ideia, o Climate Action Tracker aponta que, se o planeta inteiro emitisse na mesma proporção que a China, o aquecimento global ultrapassaria 3 °C ainda neste século — um cenário considerado catastrófico pelos cientistas.

A ausência da delegação chinesa na COP-30, em Belém, foi interpretada como um sinal político e econômico.
Em um momento em que a conferência busca avançar da promessa para a ação, a falta de participação ativa do maior poluidor mundial fragiliza as negociações e gera desconfiança sobre a real disposição global de cumprir o Acordo de Paris.

Especialistas destacam que a China é, ao mesmo tempo, parte do problema e da solução.
O país é líder mundial na produção de painéis solares, turbinas eólicas e baterias elétricas — mas também mantém usinas a carvão em ritmo acelerado, ampliando suas emissões.
É um paradoxo que reflete o dilema de muitas nações em desenvolvimento: crescer economicamente sem comprometer o clima.

Sem a presença da China, as discussões sobre financiamento climático e transição energética perdem força.
Afinal, como estabelecer metas globais sem o envolvimento direto do país responsável por quase um terço das emissões?
Como planejar uma transição energética justa se uma das principais economias do planeta optou por não se sentar à mesa?

Em meio a esse vazio diplomático, o Brasil buscou exercer protagonismo, defendendo a “COP da Implementação” — uma conferência voltada para transformar promessas em resultados concretos.
Mas, na prática, a ausência chinesa deixou uma sombra sobre as negociações, lembrando ao mundo que o combate às mudanças climáticas exige um compromisso coletivo e inadiável.

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