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Nova esperança para as portadoras de osteopenia
Ciência & Tecnologia
Publicado em 07/02/2024

Nova esperança para as portadoras de osteopenia

Vivaldo José Breternitz (*)


A Food and Drug Administration (FDA) órgão do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, liberou o uso de um dispositivo chamado Osteoboost, um cinto vibratório que melhora a densidade óssea em pacientes com osteopenia, uma condição em que há perda gradual de massa óssea e que pode levar à osteoporose.

O Osteoboost, desenvolvido pela startup californiana Bone Health Technologies, em parceria com a NASA, é o primeiro dispositivo médico desse tipo a obter aprovação regulatória como opção de tratamento para mulheres na fase pós-menopausa.

Metade das mulheres que passam pela menopausa desenvolvem osteoporose, doença que ocorre após osteopenia prolongada e não tratada, e é caracterizada por ossos porosos que podem se fraturar facilmente.

O Osteoboost é projetado para evitar que a densidade óssea não se degrade rapidamente e    funciona pela estimulação mecânica dos ossos dos quadris e da coluna.  A tecnologia é baseada em pesquisas da NASA que investigaram formas de prevenir a diminuição da densidade óssea em astronautas que vivem em ambientes de gravidade zero, onde a deterioração dos ossos é uma preocupação.

O dispositivo deve ser usado diariamente por 30 minutos, ao menos cinco vezes por semana. Ele vibra suavemente, permitindo seu uso durante atividades domésticas ou caminhadas.

Durante os ensaios clínicos, tomografias computadorizadas mostraram que, após a integração do cinto ao plano de cuidados das pacientes, a perda da densidade óssea diminui. Estudos apoiados pelos National Institutes of Health (NIH), também órgãos do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, apuraram que mulheres entre 50 e 60 anos que usaram o cinto perderam 0,5 % da densidade óssea em um ano, contra uma perda de 3,4% observada em mulheres que não utilizaram o dispositivo.

Os padrões atuais de cuidado para prevenir a osteoporose durante a fase de osteopenia são principalmente sugestões de estilo de vida que podem ser difíceis de seguir, como uma dieta equilibrada e rica em cálcio, exercícios frequentes com pesos e redução do risco de quedas.

A Dra. Laura Bilek, fisioterapeuta e pesquisadora que atua na área de osteoporose, e que participou do desenvolvimento do Osteoboost, diz que, embora     intervenções no estilo de vida, como exercícios e dieta, sejam benéficas para os ossos, seu efeito é pequeno e que o novo dispositivo deve ser muito útil na prevenção da osteoporose.

O Osteoboost estará disponível para venda ainda nesse ano, e estima-se que seu custo estará ao redor de US$ 800, nos Estados Unidos.

(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.

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